quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ESCUTA DA POLICIA CIVIL PODEM INOCENTAR POLICIAIS DA UPP DA ROCINHA

Policiais militares da UPP da Rocinha tiveram acesso a escutas telefônicas feitas durante a investigação sobre o sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, de 47 anos. Os grampos são da Operação Paz Armada e mostram conversas, por ligações e mensagens de texto, entre traficantes da comunidade. As transcrições são flagrantes de conversas entre os dias 23 e 24 de julho e mostram 33 diálogos entre criminosos identificados na investigação sobre o tráfico de drogas na Rocinha. A ação culminou com a expedição de 58 mandados de prisão. Parte deles foi cumprida no dia 13. Amarildo sumiu no início da noite do dia seguinte, após ter sido levado pelos PMs para uma suposta averiguação na sede da UPP. Numa das conversas, às 23h58m do último dia 23, por meio de SMS, um dos criminosos envia para o comparsa: “Matou o Amaral falando que agora é guerra e ele (está) sozinho, mano. Ele está entocado em algum lugar que não achamos ainda, não. Porque eu acho que ele se enterrou lá.” Neste trecho, o policial responsável pelas interceptações faz uma mudança e escreve que o homem “matou o Amarildo”. O suposto assassino — um menor de idade identificado na Paz Armada — estaria, segundo os próprios grampos, escondido, com medo de represálias. Cinco segundos depois, o mesmo bandido escreve para o mesmo interlocutor: “Ele (o suposto assassino) não está escutando ninguém, mano. Não sei com o que ele está no corpo, não. Só você mesmo para ver se ele vai te escutar mesmo.” Responsável pelas investigações sobre o desaparecimento de Amarildo, o delegado Orlando Zaccone, da 15ª DP (Gávea), afirmou que as escutas telefônicas estão sendo analisadas: — Não estamos ignorando nenhuma informação, mas ainda não é possível afirmar o que realmente aconteceu. Zaccone está preparando o relatório com todas as suas convicções pertinentes sobre o caso. O documento será enviado amanhã para a DH, que assumirá as investigações: — Estamos seguindo orientação da portaria publicada pela chefe de Polícia, Martha Rocha, e reunindo o maior número de informações sobre o fato. FONTE: extra.globo.com/

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