quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

GOVERNO VAI IMPLANTAR UPP NO RATO MOLHADO E ARARÁ.

O governador Sérgio Cabral anunciou que as próximas comunidades a serem pacificadas no Rio serão as favelas do Arará e do Rato Molhado. Cabral inaugurou, na manhã desta quarta-feira, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) de Manguinhos e do Jacarezinho que ficam próximas às que serão instaladas. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro, pediu aos policiais que vão trabalhar nas novas UPPs que cuidem das pessoas das comunidades como se fossem seus familiares e que tenham carinho por elas. O secretário de segurança, José Mariano Beltrame, disse que UPPs não são a solução de todos os problemas, mas que dão resultados visíveis. - Hoje, os senhores são livres, inclusive para reclamar melhorias ao poder público - comentou Beltrame. O vice-governador Luiz Fernando Pezão chamou a atenção para as 9.000 casas que serão construídas na região, e as obras do PAC para melhorar a urbanização da área, “inclusive tirando o Buraco do Lacerda, na entrada do Jacarezinho, que enche quando chove”. O governador disse que o grande erro dos governos que o antecederam “foi deixarem a segurança pública de lado”. - Hoje, no Morro do Borel (cumprimento de 24 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão), foram efetuadas 25 prisões sem nenhum tiro, como se faz em qualquer outro bairro - pontuou o governador, lembrando de vários galpões, como o da grife de roupas Company, que saíram da região por causa da insegurança. Poucos moradores participam do evento A maior parte de pessoas que participaram do evento de inauguração das UPPs de Manguinhos e Jacarezinho eram policiais e outros funcionários do estado. Poucos moradores estavam presentes na solenidade. Nem mesmo nas janelas, eles apareceram para ouvir o discurso do governador e outras autoridades. Aqueles que foram tinham o objetivo de protestar e seguravam faixas que afirmavam: “pacificação sem voz não é paz, é medo” e “pacificação é consertar caixa d’água”. Quando o evento terminou, era possível ouvir pessoas, aos berros, pedindo que o aluguel social fosse pago a quem teve sua casa derrubada. Segundo o diretor comercial da Associação Comercial e Empresarial Novo Alemão e Penha (Acenape), Marcelo Magalhães, a desconfiança dos moradores é natural. Afinal, passaram anos sob o jugo do poder paralelo e não sabem se a pacificação será permanente. — Só o tempo diz se os moradores vão aceitar. Logo depois da instalação de UPPs, as pessoas não saem mais de casa, com medo da violência da transição. O que afeta o comércio local. Depois vão se habituando e o comércio volta a crescer — avaliou Magalhães. A Acenape foi criada há pouco mais de um ano, após a ocupação do Complexo do Alemão por tropas do exército, em novembro de 2010, e visa se expandir para outras regiões, como as favelas que tiveram suas UPPs inauguradas hoje. FONTE: http://extra.globo.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário