segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

CMT DA PMERJ CONCEDE ENTREVISTA A JORNALISTA.

Erir Ribeiro: Mais segurança onde não há UPP POR VANIA CUNHA Rio - O ano novo começa com boa notícia para a população da Baixada, Niterói e interior do estado: reforço da segurança com mais policiais e a criação de Companhias Destacadas, para conter a violência em áreas onde não haverá UPPs. Esta é uma das novidades anunciadas pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro. Em entrevista ao DIA, o oficial faz avaliação de sua gestão, que completou um ano e três meses, e não foge de temas delicados como corrupção e regalias em presídio militar. Ele vai retomar as visitas aos batalhões e reforça o aviso de que não permitirá desvios de conduta: “A tolerância com os erros será zero sempre”. O DIA: O novo comandante das UPPs, que assumiu esta semana, é mais operacional. Isso vai mudar a forma de trabalho nas comunidades? ERIR: – O comandante é mais operacional, mas isso vai motivar os policiais a se aproximarem mais da comunidade. Ele já tem expertise, comandou o Bope. A orientação que dei é de motivar a tropa e aumentar a ostensividade nas favelas, fazendo mais patrulhamento. E qual o plano para enfrentar os casos de violência que persistem nas áreas pacificadas? Algumas UPPs equivalem a uma cidade. Tem município do Rio com 20 mil habitantes e algumas UPPs têm 100 mil. Claro que há problemas. Os policiais das UPPs serão orientados novamente pelo Paulo Henrique (Azevedo, novo comandante das UPPs) para fazer patrulhamento e ostensividade. Se eles (bandidos) não venderem drogas, não tiverem comércio, não vão permanecer ali. E nas regiões onde ainda não há UPPs, como a Baixada e Niterói, por exemplo, o que a PM vai fazer para aumentar a segurança? O secretário de Segurança José Mariano Beltrame determinou um trabalho para o ano que vem nessas regiões. Vamos dar mais apoio aos batalhões e criar companhias destacadas em locais onde não há necessidade de implantar UPP. Tem lugares que com 40, 50 homens, resolveremos o problema, como foi na Chatuba, em Mesquita (onde foi criada uma Companhia Destacada após a chacina de nove jovens, em setembro). Já estamos mapeando os locais com comandantes. Esse apoio aos batalhões significa aumento de efetivo para essas áreas? O apoio será através do RAS (Regime Adicional de Serviços, a hora extra paga pela continuação do trabalho). Alguns lugares já têm, como em Caxias, Mesquita, Queimados, São Gonçalo... Vamos aumentar o efetivo representativo porque esses policiais não entram na escala de serviço do batalhão, que divide em turnos o efetivo total. Vamos buscar parceria também com prefeitos, para contratar policiais do Proeis (Programa Estadual de Integração na Segurança). O policial trabalha fardado, então aumenta a ostensividade. Sem contar os recém-formados, que passam por estágio nos batalhões e reforçam essas áreas. E continuaremos com operações pontuais com as unidades especiais. Muitos casos de irregularidades cometidas por policiais vieram à tona este ano. De que forma a PM vai atuar contra os erros? Com muita orientação. Obrigando os comandantes a levar para os policiais que não vale a pena hoje fazer isso. Com as promoções e gratificações, a perda para quem comete erro é grande. Vou visitar as unidades para conversar com os policiais, incentivar e dizer que o nosso trabalho é importante para a sociedade. Vamos trabalhar muito a cabeça deles neste sentido. Como novidade, podemos destacar a integração entre as polícias. Para a PM, é difícil investigar o crime cometido na folga, que não caracteriza crime militar. Estamos contando com apoio da Polícia Civil, através da chefe, a delegada Martha Rocha, que colocou delegados à disposição para nos ajudar a investigar. Vamos solicitar apoio quando preciso e repassar os casos para eles investigarem os crimes que não são militares. Quem vai ganhar é a própria sociedade. Depois das denúncias de regalias para presos e irregularidades na Unidade Prisional (antigo BEP), o que vai mudar lá? Enquanto não construímos outra unidade, vamos reiniciar o BEP, como tem que ser feito. As pessoas têm medo de falar isso, mas eu não: ele foi improvisado, cada preso poderia fazer a sua benfeitoria. Infelizmente, hoje cai na nossa responsabilidade. Então, vamos botar todos no mesmo nível e seguir a norma geral de ação. Trata-se de um presídio militar, que tem horários e regras a serem cumpridos. Para todos o tratamento vai ser o mesmo. A partir de agora, só vai entrar quem é policial da ativa. Vamos pedir apoio ao juiz da Vara de Execuções Penais para não conceder liminares a quem não é. E quais serão os investimentos na Polícia Militar em 2013? O planejamento está fechado para grandes eventos, com a previsão de R$ 340 milhões só em 2013 com a compra de equipamentos, blindados e armas. A polícia está se modernizando, vamos ter estrutura de primeiro mundo. Este ano foi muito bom, só tenho mesmo a agradecer. FONTE: O DIA ON LINE

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