sábado, 2 de junho de 2012

DECRETO ESTADUAL DETERMINA REDISTRIBUIÇÃO DE EFETIVO DA PMERJ.

Rio - O histórico problema da falta de policiamento em algumas áreas do estado, a maioria com grande população e alta incidência de crimes, pode ser reduzido. É o objetivo do Decreto 43.624, publicado ontem no Diário Oficial do Estado, que prevê redistribuição dos efetivos das polícias Civil e Militar em até dois anos. A ONU sugere um policial para cada 250 habitantes. No Estado do Rio, a relação é de um PM para 357 moradores.


A lei estabelece uma série de critérios técnicos para as mudanças de policiamento, que vão desde o número de habitantes por área até a quantidade de registros de ocorrências.

Apesar dos avanços com a pacificação de comunidades antes subjugadas pelo tráfico, a lei que regulamentava a distribuição do policiamento era da época da ditadura militar.

Pelo decreto do do governador Sérgio Cabral, os parâmetros para determinar o destino dos policiais recém-formados serão a população, a extensão territorial, os indicadores de criminalidade, as condições socioeconômicas e as particularidades de cada Área Integrada de Segurança Pública (Aisp).

Os dados serão revistos periodicamente para amenizar as desigualdades. Na PM, os critérios começaram a ser aplicados há oito meses, a partir das formaturas das novas turmas de soldados. Eles foram enviados tanto para as UPPs quanto para batalhões. Niterói foi um dos locais que receberam reforços nos últimos meses por causa do aumento do número da criminalidade.

A mudança deve aumentar a quantidade de investigadores e o patrulhamento de rua em áreas onde o déficit é maior, como a Zona Oeste e Baixada Fluminense. “Tradicionalmente, essas áreas sempre foram as mais abandonadas. As novas medidas representam um avanço porque a distribuição deixará de usar critérios políticos ou subjetivos, como foi feito ao longo do tempo. A população só tem a ganhar”, avalia o professor Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Carência pode ser de 30% do efetivo da Polícia Civil

O delegado Flávio Brito, do Departamento Geral de Administração e Finanças (DGAF) da Polícia Civil, admite que a instituição trabalha com déficit de efetivo. A carência pode chegar a 30%. Há 9.800 policiais nos quadros da Civil e a estimativa é de contratar 3 mil agentes em dois anos, por concurso.

Enquanto os novatos não chegam, a medida adotada pela instituição para suprir as necessidades de algumas áreas é a contratação de policiais para trabalharem nas suas folgas.

Quem aceitar reforçar o serviço em delegacias onde há poucos policiais, mas sobram ocorrências, poderá receber uma renda extra de até R$ 300 por turno. “A solução definitiva é o concurso, que está em andamento e deve contratar mais 1.200 policiais até o fim do ano.”
Segundo o decreto, as delegacias vão ser classificadas de acordo com o porte e o número de registros mensais.

Serão: pequena (P), média (M), grande (G), extragrande (EG) e extragrande especial (EGE). Para cada uma delas deverá ter um número específico de agentes.

Bope lançará site e perfil no Facebook

Depois do perfil no Twitter, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) avisou que ainda neste mês vai lançar novo site, mais moderno e interativo — com direito a canal de denúncias —, e uma página no Facebook. As novidades são para aproximar a população do trabalho policial e divulgar a atuação nas comunidades.

“Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para aumentar o rendimento nas ruas. A ideia é mostrar tudo em tempo real”, explicou o comandante do Bope, tenente-coronel René Alonso. O novo site do batalhão (www.bopeoficial.com) vai ter espaço exclusivo para os policiais e uma página para mensagens onde poderão ser enviadas denúncias.

Nas ruas, o uso do iPad nas operações surtiu efeito. Na quinta-feira, o aparelho foi usado no Complexo da Penha para registrar a ocupação e checar denúncias que chegavam pelo e-mail (bopecomsoc@gmail.com). Até a tarde de ontem, quatro denúncias foram recebidas. Uma delas levou à detenção de um rapaz que há dois dias furtou eletrodomésticos de uma casa na Chatuba. Huandrey Raimundo Freitas Santos, 18, foi capturado com uma televisão de LCD. Ele confessou o crime e foi levado para 22ª DP (Penha).

FONTE: O DIA ON LINE

Nenhum comentário:

Postar um comentário