sexta-feira, 1 de março de 2013
DENÚNCIA GRAVE : PMS ESTARIAM FAZENDO SEGURANÇA DE TORCIDA ORGANIZADA.
A Polícia Civil irá investigar uma denúncia sobre a existência de PMs em meio às torcidas organizadas. Eles atuariam como seguranças e até em apoio durante confrontos entre grupos rivais.
A suspeita surgiu após a prisão do cabo Marcos Eduardo Pereira Lima, de 36 anos, que estava com fuzil, pistola, dois revólveres e mais de 40 balas num carro em meio a uma organizada do Botafogo, às vésperas do jogo contra o Flamengo, domingo, no Engenhão.
— Precisamos saber se existe alguma ligação entre a organizada e o policial. Se conseguirmos comprovar isso, ele também pode ser indiciado por formação de quadrilha — antecipa o delegado Geovan Omena, responsável pela investigação feita pela 28ª DP (Campinho).
As organizadas reconhecem a contratação informal de policiais militares à paisana, responsáveis por acompanhar o deslocamento da sede ao estádio. Mas apenas para impedir possíveis furtos ou roubos de faixas, bandeiras e instrumentos musicais. O envolvimento de homens armados em conflitos entre torcidas adversárias é desmentido por lideranças das organizadas.
— Algumas torcidas utilizam escolta, para proteger o patrimônio das torcidas. Mas não tenho conhecimento da existência de policiais militares infiltrados para confrontos — explica João Cavalcanti, presidente da Federação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro.
As autoridades mantêm a linha-dura em episódios de violência entre organizadas. Ontem à tarde, o promotor Pedro Rubim, da 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte, anunciou que a Torcida Jovem do Flamengo está impedida de frequentar estádios em todo o país por seis meses.
— Com essa medida, o objetivo é controlar essa crise de violência entre torcidas organizadas — explica.
A medida é uma resposta à morte do vascaíno Diego Martins Leal, de 30 anos, executado no dia 19 deste mês a facadas e tiros por membros da organizada, em Tomás Coelho. Segundo a polícia, o crime foi cometido para vingar a morte de Bruno Saturnino, espancado por membros da Força Jovem do Vasco, em maio. A torcida também está proibida de frequentar estádios nos próximos seis meses.
FONTE: http://extra.globo.com/
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