segunda-feira, 27 de maio de 2013

FINAL DE SEMANA DE TERROR NO ALEMÃO.



O Complexo do Alemão, conjunto de favelas na Zona Norte do Rio, teve, nesta sexta-feira, mais uma manhã tensa. Comerciantes das Rua Joaquim de Queiroz e de um trecho da Estrada do Itararé amanheceram com as portas fechadas. Somente por volta das 9h20m, as lojas começaram suas atividades. O atraso na abertura do comércio seria fruto do medo de comerciantes de sofrerem uma represália de traficantes. Uma padaria, por exemplo, costuma abrir às 6h e só começou a funcionar depois das 9h.

Além disso, na noite desta quinta disparos voltaram a assustar os moradores. Por volta das 20h, tiros voltaram a ser ouvidos no alto do Morro do Alemão. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Segundo nota enviada pelo órgão, não houve confronto entre policiais da UPP nem registro de feridos. Ainda de acordo com o informe, o policiamento segue reforçado na região com o efetivo de outras UPPs. A medida é por tempo indeterminado
.


Além dos tiros, moradores denunciam também falta de luz em pelo menos quatro localidades do Alemão: Central, Grota, Alvorada e Morro da Baiana. Um fotógrafo da comunidade fez um registro de parte do conjunto de favelas às escutas na noite desta quinta. A assessoria de imprensa da Light informou que a energia já foi restabelecida na maior parte do trecho atingido. Nesta sexta, há equipes trabalhando para normalizar o fornecimento em algumas ruas ainda às escuras.


Toque de recolher
Nesta quinta-feira, os complexos do Alemão e da Penha viveram um dia de toque de recolher imposto por bandidos. Boa parte do comércio fechou e cerca de 11.400 crianças ficaram fora das salas de aula - 14 escolas e sete creches, municipais e estaduais, também foram obrigadas a suspender aas atividades. A ordem para o luto forçado partiu de bandidos em motos, depois da morte do suspeito de tráfico Anderson Simplício de Mendonça, o Orelha, de 29 anos, em tiroteio com PMs, na noite de quarta-feira.

O policiamento foi reforçado na região, mas nem assim a situação voltou à normalidade. Em alguns colégios, antes mesmo da determinação para que as atividades fossem encerradas, era possível ver um intenso movimento de pais e mães buscando seus filhos. Em entrevista à Rádio CBN, o comandante das UPPs, coronel Paulo Henrique de Morais, classificou a atitude de bandidos como uma tentativa de desestabilizar a política de pacificação.
FONTE:  EXTRA.GLOBO

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