terça-feira, 8 de maio de 2012

PROEIS: POLICIAIS MILITARES PODERÃO FAZER SEGURANÇA EM HOSPITAIS.

RIO - O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) quer Policiais Militares patrulhando os hospitais no Rio. Em reunião com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, nesta segunda-feira, a presidente do conselho, Márcia Rosa de Araújo, pediu que o programa Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), adotado nas escolas públicas, fosse estendido às unidade de atendimento 24 horas. Durante a reunião, o Cremerj pediu ainda a instalação de câmeras de segurança nas unidade, além de policiamento ostensivo.

"O secretário entendeu que as reivindicações são justas e afirmou que já está encaminhando as solicitações à secretaria estadual de Saúde, com a qual acertará as bases do convênio. No caso das unidades municipais, as reivindicações serão enviadas ao secretário Hans Dohman", diz trecho de nota divulgada pelo conselho.

Na reunião com Beltrame, Márcia apresentou ainda dados reunidos pela ouvidoria do Cremerj para sustentar a necessidade de aumento na segurança dos médicos. Segundo ela, são constantes as denúncias feitas por profissionais sobre a insegurança nessas unidades, principalmente, nas que funcionam 24 horas em áreas próximas a comunidades dominadas pelo tráfico.

— Temos recebido denúncias de médicos sobre a insegurança durante os plantões. Os casos foram relatados à ouvidoria por quem trabalha na UPA de Irajá, Vila Kennedy e nas unidades federais do Andaraí e Bonsucesso — disse ela.

A adoção do Proeis na escolas públicas, no entanto, vem causando polêmica. Três dias após o início do programa, um grupo de professores do Colégio Estadual Júlia Kubitschek, no Centro, divulgou um abaixo-assinado para pedir à Secretaria estadual de Educação a retirada dos policiais militares de dentro da escola. Desde quarta-feira, 90 colégios estaduais contam com policiais armados dentro de suas dependências.

Dois dias antes, o Ministério Público já havia anunciado que vai investigar o convênio firmado entre as secretarias estaduais de Segurança e de Educação que autorizou a presença de policiais militares armados no interior de escolas do Rio. O titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Educação da capital, promotor Emiliano Rodrigues Brunet Depolli Paes, instaurou inquérito civil e perguntará à Secretaria de Educação se houve avaliação prévia da questão e como será o modo de atuação dos PMs. Pelo convênio, 423 PMs fardados e armados já estão, em seus horários de folga, fazendo a segurança de 90 escolas da rede estadual. O acordo prevê ainda que os PMs poderão revistar alunos em determinadas situações.

Em nota, a Secretaria estadual de Educação informou que está “à disposição e aberta a levar toda e qualquer resposta aos promotores de Justiça”. Segundo o órgão, o objetivo do convênio é que os PMs atuem de forma preventiva. A secretaria informou ainda que atendeu a uma solicitação de escolas com problemas de invasão e depredação do patrimônio. Outro objetivo é garantir maior segurança aos alunos nos horários de saída.


FONTE: http://oglobo.globo.com/rio/cremerj-pede-beltrame-que-policiamento-adotado-em-escolas-seja-feito-tambem-em-hospitais-4834129#ixzz1uGiMH5nE

Nenhum comentário:

Postar um comentário